Por Rosangela Brunet
João Batista estava preso e prestes a ter sua cabeça arrancada.E diante desse quadro lamentável em que se encontrava teve a ousadia e a coragem de perguntar a Jesus: Quem é você?
João Batista foi aquele que preparou o caminho do evangelho de Jesus, mas no auge de sua crise existencial e de fé perguntou a Jesus: Quem é você?Tu é mesmo quem você diz que é?"(Parafraseando uma reflexão de um vídeo de René Kivitz)
João Batista foi aquele profeta a quem Isaías se referiu dizendo:"Voz do que clama no deserto. Preparai o caminho".
Ele vivia no pregando o evangelho ao judeus. Missão terrível.Ele parecia um maluco. Tinha uma alimentação diferenciada e se vestia de forma diferente. Ele se destacava do "normal" da época e vivia isolado. Não sei explicar porque ele era assim. Mas definitivamente ele não era um exemplo de "normalidade".
Um dia ele foi preso porque falou sobre o tema "adultério", e isso incomodou a mulher de um imperador romano, a qual pediu sua cabeça na bandeja.
Obviamente, depois de preso ele começou a duvidar de sua missão, e questionar toda a sua existência, pois foi justamente esta missão que agora iria condená-lo á morte.
Atualmente estamos presenciando muitos João Batistas numa "prisão" enclausurado pela rejeição, pelo abandono, pela solidão ,excluídos pela sociedade, cujos inimigos continuam encomendado suas cabeças na bandeja. E há uma pergunta travada na garganta deles. Quem é você,Jesus?
Por outro lado, ainda há uma voz clamando no nossos deserto árido e quente ; solitários e estéreis .Ávidos por encontrar a resposta do significado de nossa existência insólita nessa sociedade vazia.
Essa dúvida de João Batista foi essencial e libertadora para a consolidação da fé e da missão de João Batista. Toda vez que duvidamos nos abrimos para conhecer a verdade. O amor não traz dúvida e nem medo. Existe e ponto final.O Amor não precisa de argumentos científicos para ser provado.Ele não
necessita das nossas certezas humanas, ou mesmo dos pensamentos engessados para o proteger.O Amor se manifesta na liberdade de pensamento. Por isso é fundamental duvidar para abrir espaço para o poder do amor se manifestar.O medo não deixa o amor entrar ,por isso é necessário abrir espaço.É preciso esvaziar os porões das certezas , deixar que os barulho do absolutismo se misturar com as multidões, e ceder o lugar para a experiências individuais do conhecimento da verdade, o qual só poderá acontecer pelas vias da subjetividade. A multidão faz muito barulho,mas o silêncio do seu auto-respeito se certificará de que há uma voz que clama no deserto, e esse é exatamente o prelúdio do anúncio da manifestação existencial que procuramos. Lembro do que Caio Fernando Abreu disse: "Às vezes é preciso diminuir a barulheira , parar de fazer perguntas , parar de imaginar respostas , aquietar um pouco a vida para simplesmente deixar o coração nos contar o que sabe . E ele conta . Com a calma e a clareza que tem ."
necessita das nossas certezas humanas, ou mesmo dos pensamentos engessados para o proteger.O Amor se manifesta na liberdade de pensamento. Por isso é fundamental duvidar para abrir espaço para o poder do amor se manifestar.O medo não deixa o amor entrar ,por isso é necessário abrir espaço.É preciso esvaziar os porões das certezas , deixar que os barulho do absolutismo se misturar com as multidões, e ceder o lugar para a experiências individuais do conhecimento da verdade, o qual só poderá acontecer pelas vias da subjetividade. A multidão faz muito barulho,mas o silêncio do seu auto-respeito se certificará de que há uma voz que clama no deserto, e esse é exatamente o prelúdio do anúncio da manifestação existencial que procuramos. Lembro do que Caio Fernando Abreu disse: "Às vezes é preciso diminuir a barulheira , parar de fazer perguntas , parar de imaginar respostas , aquietar um pouco a vida para simplesmente deixar o coração nos contar o que sabe . E ele conta . Com a calma e a clareza que tem ."
Termino essa reflexão com um trecho de Manoel de Barros que escandalosamente nos motiva a não temer nossas incertezas e escuridões da alma."E, aquele que não morou nunca em seus próprios abismos
Nem andou em promiscuidade com os seus fantasmas.Não foi marcado. Não será exposto às fraquezas, ao desalento, ao amor, ao poema.”
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