terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Você se Torna aquilo que Adora

Por Rosangela Brunet


O que é psíquico é um poder imensamente maior do que todas as demais forças terrestres"
C.G.Jun
g

Há tempos que me programo para escrever sobre adoração,mas esse é um tema tão difícil e complexo que estou procrastinando neste sentido .Esta postagem ainda não é exatamente o que gostaria de passar em termos de profundidade ,mas vou arriscar um ensaio sobres este assunto.
Para se falar de adoração é necessário entender o que significa este termo. Adorar é dar honra,dispor de tempo, ter um profundo respeito a ponto de reverenciar , se "inclinar" diante de algo ou alguém .Se inclinar aqui, na verdade, é no sentido figurado.Pois muitos se inclinam fisicamente mas não adoram.Amar demais alguma coisa a ponto daquilo receber a maior parte da atenção,concentração e energia.Adorar não tem a ver somente com eventos divinos. Pode-se adorar um filho,um marido,um pai,uma mãe,o dinheiro, o status, o poder, a profissão e, por aí vai.Se algo toma teu tempo mais que tudo, e não sobra quase nada para outras coisas você esta adorando e suas energias absorvem tuas habilidades, tuas competências, tuas horas, teu espaço e teu dinheiro. O que quero ressaltar nesse processo é exatamente isso. A adoração te molda naquilo que você adora.
Porque a adoração exige energia psíquica que é espiritual, a qual é canalizada em direção ao que é adorado. A adoração vai moldando sua forma de vida e catexizando objetos de desejo ou indesejados , com essa energia, a nossa forma de vida, de ser,de ver o mundo, de se comportar e de pensar vai sendo formada. Para que esse fenômeno aconteça é necessário que toda a tua psique,corpo e espírito esteja presente neste
processo.Do contrário isso não ocorreria.A energia esta no espírito que habita na Psique e se expressa no copro. A Psique tem ,além de outras faculdades mentais, a capacidade de sentir, pensar, lembrar, concentrar, analisar, perceber, discriminar,ate. Estes são processos fundamentais na aprendizagem de comportamentos e na formação de hábitos e articulação da inteligência. Considerando todo esse discurso da para entender a importância de um adoração. Considerando todas essas premissas pode-se concluir que a adoração afeta nosso senso crítico, nossa forma de pensar e de se comportar, tornando-se assim todas as nossas criações um reflexo daquilo que somos:aquilo que adoramos.Sigmund Freud diz que nossas inquietações e angústias influenciam nossas construções psíquicas, ideológicas, teóricas e religiosas
Mas o que realmente me diz respeito quando quero refletir sobre o tema é: a adoração afeta minha vida , afeta Deus e ,por conseguinte, afeta meu lugar de habitação: minha "Psique "
A Bíblia diz que você se torna aquilo que adora. Como é isso ?  Como é isso ? 
Imagine que ao virar a direita você entrará em outra dimensão...
Essa dimensão da qual me refiro há Moradas que Foram preparadas para nós.Lá há modelos de tudo que se pode efetuar aqui na terra.Nesta moradas há tudo que a sociedade necessita para sermos saudáveis e satisfeitos.O modelo esta lá.Mas é preciso enxergá-lo nessa dimensão, e para isso temos que entrar nessa dimensão onde o Pai esta com seu filho.Nosso lar. 
Uma das coisas que caracterizam esse lugar é a adoração.Lá há adoração 24 horas seguidas.E lembrando mais uma vez, adoração não tem a ver somente com sons espirituais,mas como estilo de vida onde 24 horas é gastas para adorar o Pai. Vinte e quatro horas "inclinados" diante de Jesus.Pode parecer uma vida monótona,mas se você entender o real sentido da adoração saberá que é justamente o oposto. Será 24 horas comprometidos e envolvidos com O Criador da terra que tem a chave e a resposta para todas as nossas perguntas existenciais, tem a revelação de todas os mistérios ocultos na terra. etc...Imagine você viver nessa dimensão dos que amam? 
Uma das coisas que existe lá são modelos de músicas que alegram a Deus .Que fazem o pai se levantar do trono para falar conosco como amigo. São os ditos cânticos espirituais voltadas em direção a Jesus . Os cânticos espirituais são sons que vem de uma relação estreita com o Criador nos céus.Jesus fazia tudo que via o Pai fazendo. Aqueles que adoram a Jesus precisam desses sons, os quais são gerados no céu para agradar o coração de Deus. O lugar que habitamos aqui na terra :nosso "Corpo Psique"precisa ser habitação de Deus. Este lugar precisa ser separado para Deus habitar,não somente para Ele vir de vez em quando visitar .Nesse Lugar precisa haver sons espirituais de adoração ,alegria, lamento, etc...sons que refletem o coração do Pai.Mas...
"(...) quando os hinos espirituais se calam o que sobra é o “show gospel”.Mas sempre é tempo de afinar nossa liras e nossas harpas empoeiradas" Olavo Feijó 
A minha pergunta é: que tipo de sons o mundo que se diz cristão anda emitindo? Nossa habitação é a habitação de Jesus? Nossa habitação produz alegria ,satisfação a atrai a presença de Deus?Quem somos nós ? O que nos tornamos por adorar quem adoramos? 
Fica aqui minha reflexão e minha inquietação pessoal diária.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A Eternidade do Amor

Por Rosangela Brunet

"É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado. Nos cafés, após o cinema, quando se pode filosofar sobre o enredo e as personagens com fluência, um bom cappuccino e pão de queijo quentinho. Nos corredores dos shoppings, quando se divide os novos sonhos de consumo, imediato ou futuro. É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nos encontros erotizados, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando
Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. E fala o tempo todo do seu drama com a mesma mágoa. Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja. Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando até a própria alma parece haver se retirado."
Ana Jácomo



As relações afetivas são como tecidos que vão tecendo bordados na medida em que decidimos não desistir do outro. Vai se estabelecendo como rocha na medida em que temos consciência que o outro é a pessoa que escolhemos pra viver do nosso lado para sempre.Seja uma par amoroso, seja uma amigo ou a nossa família. Nessa hora assumimos a responsabilidade de investir nessa construção que será edificada até a hora da nossa morte. Isso pode-se chamar de amor eterno. A textura da relação será maleável, e o material de substâncias inabaláveis.Nada de evitar ser tocado la no fundo.Nada de medo de ser tocado porque o tempo irá nos dando a certeza de que somos amados. Ninguém quer ser tocado por alguém que não nos ama.Não é mesmo?

As nossas digitais estarão impressas nessa teia, e desenhará as rendas que enfeitará nossos sonhos.Nada, nada de arranhar a tela que esta tecendo nossos sentimento.Cuidado! Nossas unhas precisam ser lixadas frequentemente , nada de se desgastar com formas ou estilos. A tendência da moda no amor é a tão conhecida e sempre sofisticada simplicidade. Sofisticação e requinte só quando for a dois. Podem abusar das cores .Nada de respeitar limites quando se refere a alegria, tolerância, amizade e paciência. O respeito terá a sua hora quando tivermos que esperar pela singularidade de cada um, nada de não chegar muito perto, atravesse mesmo a faixa vermelha quando a dor chegar e as dúvidas trouxerem insegurança e fragilidade. A obra de arte é sua, e nada de deixá-la ser maculada pela ira ou ressentimento.Muito cuidado com as linhas da traição,o olhar tem sempre que estar perto um do outro. Não para controlar,mas para cuidar. 
A eternidade do amor não esta no tempo,mas no compromisso de amar. O compromisso e a decisão de amar fará o amor eterno,pois o amor do qual me refiro,não é o amor romântico,mas o amor verdadeiro.Aquele que nos acorda pela manhã para nos certificar de que estamos seguros e podemos descansar do futuro.É amor que nos da aquele chão que nos dispõe para a vida , pois ele se tornou solo de força e esperança para sonhar. São composições elaboradas por dois indivíduos imperfeitos que decidiram se amar apesar de.
É nesse amor que acredito, não naquele dos filmes de Hollywood. O amor eterno é feito de dia-a-dia, de cara amassada pela manhã, de defeitos e faces horrorosas que preferíamos esconder, mas felizmente encontramos alguém para aceitá-las e ajudar-nos a sermos melhores.

O amor Romântico é diferente deste amor eterno do qual me refiro. Léon Dostoiévski disse:“Ora veja… É o que sempre acontece às pessoas românticas: enfeitam uma criatura, até o último momento, com penas de pavão, e não querem ver, nela, senão o que é bom, muito embora sentindo tudo ao contrário. Jamais querem, antecipadamente, dar às coisas o seu devido nome. Essa simples ideia lhes parece insuportável. A verdade, repelem-na com todas as forças até o momento em que aquela pessoa, engalamada por elas próprias, lhes mete um murro na cara.”

Olavo Feijó fez uma colocação muito interessante sobre a Eternidade do Amor .Veja o texto abaixo:


"Aquilo que nós humanos chamamos de “amor” nada mais é do que sentimento. E dos sentimentos mais contraditórios. Porque, em nome do amor que dizemos sentir, tratamos nossos seres amados com possessividade e com egocentrismo. Consciente ou inconscientemente, este tipo de sentimento, que é imaturo, termina por fazer mal ao ser amado.O amor paixão, possessivo, romântico é neurótico. Não é o amor eterno. Se   “Deus é amor”, a atitude de amar tem que ser vista com uma postura de aceitação da essência desse Deus introjetado em nós." .Leia um trechoBrennan Manning   
" Esse amor foi oferecido para os dilapidados, derrotados e exauridos; foi deixado para os sobrecarregados que vivem mudando o peso da mala pesada de uma mão para a outra, esse amor é para os vacilantes e de joelhos fracos, que sabem que ...não se bastam de forma alguma e são orgulhosos; é para (as pessoas ) inconsistentes e instáveis cuja azeitona vive caindo para fora da empada; é para homens e mulheres pobres, fracos ,cheios de defeitos ,falhas hereditárias e talentos limitados; é para os vasos de barro que arrastam pés de argila; é para os recurvados e contundidos que sentem que sua vida é um grave desapontamento para  (todos). É para gente inteligente que sabe é estúpida e para pessoas  honestos que admitem que são canalhas...esse amor é para mim mesma e para quem quer que tenham ficado cansado  e desencorajado ao longo do caminho..é para todos que desejam"

O Amor é um pessoa  que nos capacita a amar e colocou sua eternidade em nossas relações a  partir da Sua eternidade. É por isso que os relacionamentos humanos mais profundos e duradouros são aqueles alicerçados nesse princípio.O Apóstolo Paulo disse  “o amor é eterno” (I Coríntios 13:8), e João explicou essa frase dizendo: “Deus é o próprio amor” (I João 4:8).

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado....Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.1 Coríntios 13:1-13
Para muitos entender este este texto é difícil,pois nem todas as pessoas conseguem amar o outro sem egoísmo ,individualismo, egocentrismo.O amor neurótico nos aprisiona a amar somente com algum ganho secundário. Seja pelo retorno afetivo que obterá do outro, ou seja pela por esconder alguma outra intenção inconsciente.Por exemplo.Muitas pessoas tem a tendencia de escolher parceiros que a rejeitarão.Elas repetem este padrão de comportamento durante toda a sua vida.Normalmente são parceiros que a fazem sofrer, e a pessoa ainda assim continua "amando" .Nesse caso, há um vínculo destrutivo .Este e outros exemplos denunciam uma incapacidade de escolher objetos de desejo que realmente sejam saudáveis e satisfaçam de forma legítima nossas necessidades.Não é saudável escolher viver do lado de alguém que não nos ama. Não há como amar alguém se não nos amamos primeiros. O amor cristão não é esse tipo de amor.O amor cristão é aquele onde próprio Deus mora em nós e nos leva ao lugar certo, na hora certa e da forma certa para sermos felizes , realizados e satisfeitos os suficiente para que possamos ter tanto amor que não será possível ficar sozinho com ele.Será impossível não querer amar. Nesse momento, onde estamos cheios de amor, ai sim, podemos amar aqueles que não se ama, podemos ser pontes e abrigos na tormenta e na tempestades para os que estão sozinho e ,fracos e insanos.

"Não existe possibilidade de (relacionamento afetivo) com o outro, se não (nos relacionarmos ) antes com nós mesmos. Conjugar o verbo amar exige capacidade extremamente complexa de, ao legitimar-se na própria singularidade, legitimar a existência do outro. Existem outros verbos, que não o amar, para conjugarmos quando a legitimação do outro não é possível, por exemplo, apaixonar-se, mistura-se, controlar, desejar, etc." (COLOMBO, p.35, São Paulo:Vetor, 2006)

A teoria da motivação de Maslow nos ajuda a entender um pouco sobre a diferença entre Necessidade e Desejo.Nos ajuda também a esclarecer esta dinâmica da Motivação.Ou seja, como e porque um indivíduo escolhe um objeto de desejo e abandona o outro, que pode ser tão agradável e tão positivo quanto o escolhido. Uma das teorias da motivação que mais me identifico é a de Abraham Maslow (1908-1970). Esta teoria acredita que todo ser humano possui diversas necessidades hierarquizadas como uma pirâmide. Uma pessoa se sente motivada em função desta hierarquia .É necessário e fundamental identificarmos em qual categoria estamos para que possamos refletir e trabalhar em direção daquilo que desejamos alcançar. Ela serve como orientação para as escolhas que fazemos não somente no cotidiano, como em situações extremamente importantes de nossa vida. 
Este processo não acontece da mesma forma tão organizada e tão estática. Nem sempre esta hierarquia se manifesta para nós com tanta clareza e de forma consciente. Esta hierarquia com muita frequência se encontra misturada e disfarçadas de desejos ou fantasia. Eu gosto muito de um exemplo que nos ajuda bastante a entender este processo.Por exemplo, se estou com sede,minha necessidade é a água.A homeostase , que é a busca de um equilíbrio orgânico e emocional, prepara o organismo no sentido de ir em busca de um copo de água. Corpo e mente trabalham juntos nesse sentido. Por outro lado, o condicionamento, a aprendizagem e a o processo simbólico desenvolve em nós uma busca mais elaborada que fará com nessa hora, uns comprem uma lata de coca-cola,outro tomem um cerveja gelada, outros vá em direção a água de coco. É nessa hora que o sentido de orientação, como citado por Fritz entra em ação. O exemplo que dei,obviamente é bem simplório,mas a adulteração dessa necessidade acontece no processo da interação entre indivíduo e meio.Por isso, muitos desvios de escolha e orientação atravessa o fenômeno da percepção obstruindo nossos sentidos e subvertendo a capacidade de escolha. É necessário trabalhar arduamente pra entender esta dinâmica , e muita vezes é necessário obter ajuda profissional pra entender melhor e tornar isso consciente.
Em função dessa premissa de Maslow pode-se entender a complexidade que existe no processo de escolha e permanência de objetivos na vida. Eu posso fazer uma escolha acertada e feliz numa determinada época da minha vida, mas eu posso me perder pelo caminho e não saber mais conservar e permanecer nesta escolha.Por outro lado, posso fazer uma escolha desacertada e no meio do caminho ,no processo de amadurecimento descobrir qual era exatamente a minha verdadeira necessidade.E em ambos os casos o objeto escolhido será trocado ou abandonado por ter se tornado uma catéxis negativa. 
O fato é que atualmente estamos presenciando literalmente um “mal estar” onde o indivíduo se sente inadequado ao seu meio,mas não por falta de liberdade,mas por incapacidade de escolha.É como se ele não estivesse onde deveria estar, como se ele não fosse aquilo que ele deseja ser .É o ideal em constante conflito com o essencial.Um desacordo entre o Ter e Ser. Uma desarmonia de valores , uma insatisfação permanente entre desejo insaciável e ofertas de consumo inalcançáveis . O corpo em conflito com a mente, a alma se distanciando do espírito .A família depois do prazer; o trabalho sendo utilizado a serviço da ganância. Relacionamento íntimo em desconexão com o sagrado. Sintomas cada vez mais desconhecidos; o adoecimento na prateleira da ciência que não acompanha sua evolução.Em todas as áreas o ser humano esta á margem de seu transitar no mundo.A doença se apresenta como incapacidade de amar , e a sociedade não consegue atender essas novas demandas. 
A verdade é que amor nem sempre é o que parece ser, e o motivo de amar nem sempre esta de acordo com a real necessidade. O caminho é longo, e o futuro chegará com certeza. Mas os desvios estão por toda a parte, em cada esquina que dobramos na vida que escolhemos ter .Por isso, trabalhe suas escolhas, permaneça com o que te faz feliz Não deixe ir embora aquilo que fez você saber quem você verdade verdade. 
Enfim, o amor eterno perpassa a complexa teoria de Maslow, capacita a percorrer a hierarquia de uma pirâmide que nos desorganiza para nos estabelecer como sujeito ativo numa relação de segurança, realização, força, esperança e vida eterna.Deixo uma reflexão de Ricardo Gondim: "No caminho da existência, as decisões chegam de instante em instante e nesse átimo, os destinos vão se desenhando." 



Referência:
Abordagem Gestaltica e Testemunha Ocular da Terapia. PERLS,Fritz.Pag.38



domingo, 21 de dezembro de 2014

Estranhamente Te Perdi

 Por Rosângela Brunet


Lentamente fomos nos devorando estre aspas.Fomos catando pedaços de sentimentos remendados para reparar o que não tinha mais jeito.Difícil fazer um dueto com uma só voz



Aguarela portrait art of Woman with red hair, por © Helga McLeod

A Morte é Volúvel e Indecifrável

Por Rosângela Brunet
18.11.2014
A Todos Que Amei e a Morte levou de Mim

É preciso escrever as palavras travadas pela dor, engessadas pelo cotidiano,encravada pela violência, esquecidas pelo sofrimento que não queremos viver novamente.
É preciso mergulhar no vão do sofrimento que grita rouco porque não foram capazes de ouvi-los.
É preciso esquecer as mensagens óbvias, os clichês e a as frases feitas e se denunciar o mal entendido, o disfarce das letras,os atos falhos, ás mascaras pintadas e talhadas em cada discurso preparado em cada nota ou aviso  de erros de português.
É preciso fazer o vazio se revelar .O nada pede uma palavra e nossos sonhos não param de relatar essa existência que se foi.
O fim tem uma nota errada. Faltou dizer aquele tom do lado de dentro onde a gente não tem mais o ritmo certo para uma canção assim tão inacabada, tão  sem sentido de tocar, tão impossível  de se compor.O fim não é arte.O fim não  tem forma.Não há como descobrir  os elementos apropriados para compor uma obra que esgote um conceito assim .
Um momento é o bastante para dizer o quanto o fim é composto de nada.Como reproduzir uma cena que se acabou? Como esculpir uma obra sem termos o molde adequado dessa composição que não queremos viver.

Obra de Igor Mitoraj