Por Levi Araújo
Eu sou uma máquina de pecar.Nasci em pecado e prontinho para pecar e gostar de pecar. Pecado tem tudo a ver comigo.Os desejos da minha rebelião original transpiram pelos meus poros e estão nos meus olhos. Eu cheiro a pecado, eu sinto o cheiro do pecado.Eu simplesmente não consigo relativizar o pecado e até admiro quem o faz. A estes eu peço vênia para afirmar que não dá para compreender a exuberância da escandalosa Graça de Jesus de Nazaré sem reconhecer o quanto o pecado faz mal para aqueles que foram alcançados pela Graça.Nesse mundo do meu Deus chamado Vida, toda semente de pecado que eu plantar, dos seus amargos frutos eu degustarei. E se fosse só eu a degustar seria ótimo, doloroso é ver as expressões, reações e sequelas naqueles que em vão tentam reagir ao veneno que eu mesmo produzi.
Pecando aqui e acolá eu sigo numa jornada árdua e belicosa contra o reino do pecado, procurando desobedecer os meus desejos da rebelião da raça enquanto o poder da ressurreição de Jesus de Nazaré opera a minha própria ressurreição.
Somente a comunhão do Espírito Santo, a maravilhosa Graça de Jesus e o Amor do Pai para me darem esperança de vitória sobre o pecado que tenazmente pauta a minha condição humana.
Foi num alvorecer de uma manhã ensolarada de 5 de dezembro que eu experimentei o inicio das horrorosas consequências de um dos meus pecados.
Foram anos cambaleando sem poder ver nada que fizesse sentido, arrastando ganchos fincados até a alma e retroalimentando a minha arrogância inconformada e o meu orgulho ferido e nodoado.
Há muitas memórias tenebrosas deste meu longo cárcere.Posto isto, posso afirmar que de pecado e dos seus terríveis lutos e consequências eu entendo bem.
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